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Brasil é apontado como o país mais desigual em relatório global sobre riqueza

Apesar de o Brasil ser o país com o maior número de milionários da América Latina, segundo o relatório Global de Riqueza 2025, recentemente divulgado pelo banco suíço UBS, apresenta o maior índice de desigualdade entre 56 nações analisadas. 

Essa desigualdade não é apenas uma distorção econômica, é um reflexo de questões estruturais que comprometem direitos, restringem acessos e perpetuam ciclos históricos de exclusão, aprofundados pela ausência ou alcance limitado de políticas públicas, infraestrutura básica e redes de proteção. São contextos que ampliam o risco de trabalho análogo à escravidão e trabalho infantil.

Embora o Estado tenha um papel insubstituível na garantia de direitos e na regulação das relações sociais e econômicas, a manutenção e também a superação das desigualdades dependem de múltiplos atores, inclusive o setor produtivo, a sociedade civil, os meios de comunicação, as elites econômicas e políticas, e até mesmo instâncias internacionais. Superar um problema dessa escala exige compromisso coletivo, articulação entre setores e diálogo contínuo entre diferentes campos de poder.

É nesse espaço de convergência que o InPACTO atua: promovendo o diálogo público-privado, fortalecendo redes de cooperação e incidindo para que políticas públicas sejam mais efetivas e conectadas ao combate às desigualdades e a prevenção de violações nas cadeias produtivas. Nosso trabalho parte da convicção de que apenas com corresponsabilidade e escuta entre os diversos atores será possível enfrentar, de forma estrutural, as raízes do trabalho escravo contemporâneo no Brasil.

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