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Dia das mães – Acesso, inclusão e permanência das mães no mercado de trabalho: desafios e urgências

Na data em que comemoramos o Dia das Mães, é preciso ir além da celebração. É necessário reconhecer que a maternidade, apesar de transformadora, ainda é um dos principais fatores que impactam negativamente a trajetória profissional de muitas mulheres.

A chegada dos filhos influencia diretamente na inserção e permanência das mulheres no mercado de trabalho. Muitas enfrentam dificuldades para retornar após a licença-maternidade, perdem oportunidades de promoção ou enfrentam ambientes que não reconhecem suas múltiplas jornadas. A “penalidade da maternidade” é real: mulheres com filhos pequenos recebem salários menores, têm menos estabilidade e são vistas com menor disponibilidade, ainda que continuem desempenhando com excelência suas funções.

Esses impactos, no entanto, não são distribuídos igualmente. A relação entre maternidade e trabalho também é atravessada por profundas desigualdades sociais e raciais. Mulheres negras e periféricas enfrentam barreiras ainda mais duras, muitas vezes em contextos de informalidade, precarização e ausência total de políticas de apoio.

Além disso, estruturas de cuidado ainda são majoritariamente responsabilidade das mulheres. A ausência de políticas públicas e empresariais de apoio à parentalidade como horários flexíveis, espaços de acolhimento, licença parental equitativa e cultura organizacional mais inclusiva, reforça desigualdades de gênero no mundo do trabalho.

Promover ambientes de trabalho que respeitem e acolham as especificidades da maternidade é essencial para avançarmos em igualdade de oportunidades. Mais do que um gesto simbólico, é uma urgência estrutural. Neste Dia das Mães, reafirmamos nosso compromisso com um mercado de trabalho mais justo, inclusivo e humano. Para todas as mulheres. Para todas as mães.

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