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Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas – A luta por dignidade

No Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, refletimos sobre alguns dos desafios que essas comunidades enfrentam: a exploração laboral, exclusão econômica, vulnerabilidade social e violação de direitos.  Entre 2013 e 2024, 363 pessoas indígenas foram resgatadas de condições análogas à escravidão no Brasil, sendo 205 apenas no Mato Grosso do Sul. 

A demora na demarcação de terras e o confinamento em áreas restritas aumentam a vulnerabilidade a violações de direitos humanos e trabalhistas, colocando em risco a saúde, segurança e subsistência desses povos e ferindo a sua dignidade. 

A exploração da mão de obra indígena ocorre tanto em seus territórios quanto em outras regiões. Muitas vezes, esses trabalhadores são aliciados para atividades agrícolas e outros setores sob condições degradantes, em um processo que está diretamente relacionado à migração forçada e ao aliciamento de populações vulneráveis em busca de oportunidades.

Outro problema grave, que tem a ver com a vulnerabilidade socioeconômica destes povos, é o alto índice de suicídio entre jovens indígenas: de 2000 a 2020 foram registrados 2.019 casos. A pobreza extrema, a perda de identidade cultural e a falta de acesso a políticas públicas e oportunidades dignas de trabalho agravam essa situação.

Neste Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, reforçamos a urgência  de políticas públicas que promovam a inclusão econômica dos povos indígenas, respeitando seus modos de vida. 

O combate ao trabalho escravo, a fiscalização das condições laborais e a proteção dos territórios tradicionais são fundamentais para assegurar seus direitos, conforme previsto na Convenção 169 da OIT e na Constituição Federal Brasileira.

Que esta data inspire reflexão e compromisso com a justiça social, para que os povos indígenas tenham sua dignidade e direitos plenamente garantidos.

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