Falsas promessas de emprego usadas para recrutar pessoas para situações de tráfico de pessoas ou trabalho escravo já são um alerta conhecido na agenda de direitos humanos e trabalho decente. Em muitos casos, ofertas “imperdíveis” escondem jornadas exaustivas, endividamento fraudulento, servidão e outras formas graves de exploração.
Mais recentemente, porém, outro tipo de crime tem se disseminado: processos seletivos falsos que se apresentam como oportunidades legítimas, mas funcionam como armadilhas para fraude de dados e exploração financeira. Um falso recrutador entra em contato oferecendo uma vaga altamente atrativa, conduz um processo aparentemente profissional, solicita documentos ou informações pessoais e, em seguida, vêm a cobrança de taxas, a venda de “cursos obrigatórios” ou o uso indevido de dados sensíveis. Esse tipo de golpe afeta especialmente pessoas em maior vulnerabilidade socioeconômica, que têm menos rede de proteção e maior urgência por trabalho, ampliando riscos econômicos, psicológicos e até de exploração mais grave.
Veja dicas práticas para identificar processos seletivos seguros e se proteger desse tipo de golpe ⬇️
- Verifique se a vaga consta no site oficial da empresa ou se o recrutador está listado no site corporativo.
- Nunca pague taxas, equipamentos ou “cursos exigidos” para participar de recrutamento.
- Desconfie de e-mails ou mensagens com linguagens muito genéricas, erros ortográficos ou processo seletivo conduzido apenas por “WhatsApp e vídeo” sem confirmação institucional.
- Proteja seus dados pessoais e bancários: não forneça CPF, RG, dados bancários ou valores em etapas iniciais de seleção.

