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Impacto das desigualdades na Saúde Mental

As desigualdades sociais e econômicas não se manifestam apenas nos índices de pobreza e exclusão. Elas também deixam marcas profundas, e muitas vezes invisibilizadas, na saúde mental, podendo afetar de forma ainda mais intensa as pessoas em situação de vulnerabilidade no mundo do trabalho.

A degradação psicológica é uma das faces mais profundas e silenciosas da exploração. Traumas emocionais persistentes são comuns em contextos de desumanização no trabalho. É nesse ponto que precisamos refletir: a saúde mental pode ser compreendida tanto como doença quanto como sintoma. Transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico são enfermidades concretas, com impactos devastadores sobre a vida das pessoas. 

Mas, ao mesmo tempo, esses quadros também podem ser consequências de algo muito maior. A desigualdade estrutural expõe populações inteiras à exploração, à exclusão e à ausência de proteção social. Esses contextos alimentam o medo constante, o estresse crônico, a insegurança sobre o futuro e o sentimento de desvalorização, todos fatores que comprometem gravemente a saúde mental.

Reconhecer essa dupla dimensão, de doença e sintoma, é essencial para que empresas, governos e sociedade civil atuem de forma integrada, prevenindo violações e promovendo o direito à saúde mental. Dignidade e equilíbrio emocional não são privilégios. São direitos fundamentais.

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