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Na era da IA, o grande desafio é tornar o trabalho mais humano

A Inteligência Artificial está remodelando o mercado de trabalho. Sua capacidade de automatizar tarefas, otimizar processos e impulsionar a inovação é inegável.

Mas, enquanto a tecnologia avança, persistem velhas desigualdades. Projeções do Fórum Econômico Mundial indicam que, até 2027, a IA pode criar 69 milhões de novos empregos — ao mesmo tempo em que pode eliminar cerca de 83 milhões. Isso evidencia a urgência de uma transição justa, com requalificação, reinserção profissional e proteção social, especialmente para os mais vulneráveis.

Sem um olhar humanizado, o avanço tecnológico tende a aprofundar desigualdades já existentes, impactando com mais força posições que exigem menor escolaridade ou experiência, ocupadas por pessoas que, muitas vezes, já estão mais vulneráveis no mercado de trabalho. Deste modo, a inovação corre o risco de concentrar ainda mais as oportunidades, em vez de ampliá-las. Sem políticas públicas e estratégias empresariais voltadas a esses grupos, há um grande risco da exclusão digital se converter em exclusão social.

Governos e empresas precisam agir de forma consciente: investir em formação de qualidade, garantir acesso equitativo a ferramentas tecnológicas e enfrentar com responsabilidade os impactos sociais da automação.

O InPACTO acompanha essas mudanças com atenção. Defendemos que a tecnologia esteja a serviço da dignidade humana — não da exploração. A inovação só cumpre seu papel quando contribui para um futuro do trabalho justo, com segurança, direitos e oportunidades para todas as pessoas.

Porque, mesmo em tempos de Inteligência Artificial, o que realmente importa é manter o trabalho — e a sociedade — cada vez mais humanos.

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