2 de julho de 2025
O que dizem os dados sobre a população LGBT+ e o mercado de trabalho.
No último final de semana (28/06), foi comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBT+. Nesta data, reforçamos o quanto essas pessoas enfrentam desafios reais no ambiente de trabalho, como a discriminação, informalidade e risco à dignidade.
Segundo o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, no Brasil, 65% dos profissionais LGBT+ afirmam já ter sofrido discriminação, e 28% relatam assédio por causa da orientação sexual ou identidade de gênero.
Já uma pesquisa do Instituto Locomotiva em parceria com a TODXS e a Box1824 (2021) aponta que entre 40% e 53% dos trabalhadores brasileiros em geral afirmaram ter presenciado casos de preconceito em seus locais de trabalho, o que evidencia como a discriminação está presente nos ambientes corporativos de maneira estrutural.
Como resultado, muitos optam por caminhos informais ou de risco. Estima-se que 90% das pessoas trans recorram à prostituição por dificuldade de inserção no mercado formal, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA (Dossiê 2022).
A informalidade é uma porta aberta à exploração e até a situações análogas à escravidão.
Para mudar essa realidade, políticas corporativas são fundamentais, como programas de contratação afirmativa e metas institucionais, que ainda são ausentes em 60–75% das empresas, conforme dados do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ (2022).
Treinamentos anti-LGBTfobia e capacitação para gestores; canais de denúncia eficazes e seguros, com confiança interna, além de um ambiente corporativo inclusivo, que não é apenas uma meta ética, é prevenção de riscos e fortalecimento da dignidade no trabalho, como reforça a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No InPACTO, reforçamos nossa crença de que prevenção e direitos humanos caminham juntos, porque só com inclusão real se evita a exploração e se constrói trabalho digno para todas as pessoas.