5 de setembro de 2025
Sustentabilidade ambiental, dignidade humana e a oportunidade da COP 30 no Brasil
Hoje celebramos o Dia da Amazônia, uma data que nos convida a reconhecer a grandiosidade da maior floresta tropical do planeta e, ao mesmo tempo, a refletir sobre a urgência de protegê-la diante das múltiplas pressões que comprometem sua integridade.
O Brasil se prepara para sediar a COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em Belém, no Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025. Mais do que um marco climático global, a conferência recoloca a Amazônia no centro da agenda internacional e evidencia que sua preservação envolve também o respeito aos direitos humanos, justiça social e a promoção de condições dignas de trabalho nas cadeias produtivas ligadas ao território.
Os indicadores mais recentes sugerem progressos. Em 2023, o desmatamento na Amazônia Legal caiu 21%, segundo o PRODES/INPE. Ainda assim, o resultado está longe de romper o ciclo de degradação estrutural. Em 2024, os alertas do DETER já apontam oscilações que exigem vigilância permanente, sobretudo em áreas pressionadas pela expansão agrícola e pelo garimpo ilegal.
Reduzir o desmatamento significa não apenas proteger a floresta, mas também desarticular redes que combinam grilagem, violência e exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão. Esse cenário reforça a necessidade de políticas integradas: de um lado, fortalecer a governança ambiental; de outro, consolidar mecanismos de prevenção e reparação de violações de direitos humanos.
A COP30 no Brasil é, portanto, um chamado à liderança. Uma oportunidade histórica para que o país se torne referência global ao unir combate ao desmatamento e erradicação do trabalho escravo, reafirmando a Amazônia como território de vida, cultura, biodiversidade e dignidade.