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3 de outubro de 2025

Outubro Rosa: prevenção e trabalho digno para todas as mulheres

O câncer de mama, além de ser a doença que mais atinge mulheres no país, é também a principal causa de morte oncológica entre as brasileiras. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 2023-2025, o Brasil deverá registrar cerca de 73.610 novos casos por ano.
 
Entre 2018 e 2023, mais de 108 mil mulheres com menos de 50 anos foram diagnosticadas com câncer de mama. Juntas, as faixas etárias de 40 a 49 anos e de 35 a 39 anos representaram aproximadamente um terço dos casos.
Para mulheres sem trabalho formal ou com vínculos profissionais frágeis, os desafios se agravam ainda mais. O medo de perder a fonte de renda e a dificuldade de conciliar o tratamento com jornadas de trabalho inflexíveis são obstáculos concretos. Barreiras como falta de tempo, transporte inadequado, condições precárias de trabalho, ausência de convênios médicos e longas jornadas dificultam significativamente o acesso a exames, cuidados e suporte, tanto durante quanto após a doença.
 
O acolhimento e a segurança nesse momento são fundamentais. Por isso, o papel das empresas e organizações deve ir além da conscientização. Criar campanhas internas que promovam o acesso a informações confiáveis, garantir que funcionárias tenham tempo e suporte para realizar exames preventivos sem prejuízo salarial ou risco de demissão, oferecer apoio durante o tratamento — com afastamentos assegurados e retorno gradual ao trabalho —, além de adaptações para reduzir esforços físicos e pressão, acolhimento psicológico e redes de apoio que evitem o estigma ou o silêncio em torno da doença, são atitudes indispensáveis.
 
O diagnóstico precoce pode reduzir em até 30% a mortalidade por câncer de mama no Brasil — um dado que reforça a urgência de ações efetivas, garantindo que a prevenção chegue a todas as mulheres. O emprego digno não se limita à formalidade da carteira assinada, mas envolve oferecer condições que permitam às mulheres cuidar da própria saúde. Ao assumir essa responsabilidade, as empresas não apenas cumprem um papel ético, como também ajudam a salvar vidas.

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