Carnaval chegou ao fim. Que as vozes da arte e da resistência ecoem o ano inteiro

O Carnaval é mais do que festa – é história, identidade e luta popular. Dos blocos de rua às escolas de samba, do frevo ao maracatu, do axé ao bumba meu boi, cada canto do Brasil mais uma vez celebrou o Carnaval à sua maneira, mas compartilhando a mesma raiz: a arte como memória e resistência.

Seja na batida do samba-enredo nas avenidas, nos tambores do Olodum ecoando pela Bahia, no frevo rasgando as ruas de Pernambuco ou nos blocos que ocuparam as cidades. São vários os ritmos que se tornaram palco de resistência à marginalização, injustiças e desigualdades, retratando a luta do povo negro, a força das comunidades periféricas, os valores dos povos indígenas, expressando a exaltação da ancestralidade e a celebração das raízes culturais brasileiras. 

A arte é resistência porque desafia, transforma e dá voz. Se o Carnaval é símbolo da diversidade e da força do povo brasileiro, que essa valorização não fique restrita a poucos dias de festa. 

Mais um Carnaval chegou ao fim, mas esperamos que esse grito ecoe, para além das ruas e avenidas, o ano inteiro.