Greve de Motociclistas: a luta por condições de trabalho dignas
Entregadores de aplicativos em todo o Brasil realizaram uma paralisação no começo desta semana reivindicando melhores condições de trabalho. Atos foram realizados em pelo menos 60 cidades, incluindo 20 capitais, segundo divulgação do Nexo Jornal.
O movimento, conhecido como “Breque dos APPs” foi liderado por grupos representantes de trabalhadores como o Sindicato dos Motoboys de São Paulo e a Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil e contou com o apoio apoio de organizações como o Movimento Vida Além do Trabalho-SP e a Minha Sampa.
As principais demandas da categoria incluem pagamento mínimo de R$10 por entrega e R$2,50 por quilômetro rodado, limites de 3 quilômetros para entregas realizadas por ciclistas e o fim do agrupamento de corridas sem a devida compensação financeira. Entregadores argumentam que o modelo de trabalho atual é precarizado e explora a vulnerabilidade de quem atua na área.
As condições de trabalho enfrentadas por motociclistas reforçam as preocupações com a ausência de vínculos empregatícios formais e a falta de garantias trabalhistas básicas, como jornada de trabalho definida, remuneração justa e acesso a benefícios sociais.
A luta de entregadores de aplicativos por melhores condições reflete a necessidade urgente de repensar as relações de trabalho na economia digital, assegurando que a inovação tecnológica não ocorra às custas da dignidade de quem trabalha. A greve terminou, mas as reivindicações continuam. O movimento reforça a importância do debate sobre condições justas de trabalho e a necessidade de mudanças estruturais no setor.