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14 de março de 2025

Inclusão no mercado de trabalho: não basta evitar retrocessos, é urgente avançar!

Nos últimos anos, vimos avanços importantes na pauta da inclusão no mercado de trabalho, com políticas que ampliaram oportunidades para mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência.

No entanto, em um cenário onde grandes empresas começam a questionar programas de diversidade, é fundamental reafirmar que não basta evitar retrocessos – é urgente avançar.

É importante lembrar que inclusão não é concessão, nem modismo corporativo: é um compromisso ético, social e estratégico. Empresas mais diversas são também mais inovadoras, produtivas e conectadas às transformações do mundo do trabalho. Mas isso exige ação. Não dá para esperar que o mercado resolva essa questão sozinho.

A ideia de que o mercado se autorregula – ou seja, que as desigualdades seriam naturalmente corrigidas à medida que empresas percebessem os benefícios da diversidade – já demonstrou suas falhas. O problema é que os dados mostram que isso não acontece de forma espontânea.

Segundo o IBGE, mulheres ainda ganham, em média, 20% a menos que homens na mesma função. Pessoas negras ocupam menos de 30% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras, apesar de serem mais da metade da população. E, mesmo com a Lei de Cotas, pessoas com deficiência representam apenas 1% dos trabalhadores formais no Brasil.

Políticas públicas são essenciais para corrigir desigualdades estruturais, mas as empresas também têm um papel ativo na construção de um mercado de trabalho mais justo. Sem regulamentação que reduza barreiras históricas e sem o compromisso do setor privado, seguimos perpetuando exclusões.

Se queremos um mercado de trabalho mais justo, representativo e competitivo, precisamos de políticas públicas eficazes e empresas comprometidas com a mudança. Empresas que lideram essas transformações não apenas ampliam oportunidades, mas também combatem as desigualdades e práticas de exploração, impulsionam inovação e constroem um futuro mais sustentável.

Inclusão não é ideologia. É progresso.

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