O papel das empresas na prevenção e no combate ao tráfico de pessoas
O tráfico de pessoas para exploração sexual é uma grave violação dos direitos humanos e uma realidade que pode ocorrer em diferentes setores da economia. Setores do comércio, como hoteis e estabelecimentos de entretenimento, por exemplo, por sua estrutura e dinâmica, possuem alto risco de serem utilizados indevidamente por redes criminosas.
Segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a exploração sexual é a principal finalidade do tráfico humano, e mulheres e meninas são as principais vítimas.
De acordo com a Pesquisa Nacional sobre o Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes (PESTRAF), existem 131 rotas internacionais de tráfico de pessoas partindo do Brasil, sendo que 32 delas têm a Europa como destino.
Hoteis,casas noturnas, bares e restaurantes são locais que podem acabar se tornando pontos de exploração. Muitas vezes, os sinais desse crime passam despercebidos por funcionários e gestores, permitindo que redes criminosas operem sem barreiras.
Diante desse cenário, as empresas podem desempenhar um papel fundamental na prevenção e combate ao tráfico de pessoas. Medidas como a capacitação de funcionários para identificar sinais desse crime, o estabelecimento de protocolos de denúncia e a adoção de políticas rigorosas de compliance e direitos humanos são essenciais para criar barreiras contra a exploração.
O InPACTO reforça a importância do compromisso empresarial na erradicação do tráfico de pessoas, incentivando ações concretas que promovam a proteção dos direitos humanos. A conscientização e a colaboração entre empresas, autoridades e organizações da sociedade civil são essenciais no enfrentamento de novos crimes e garantir a dignidade e segurança das vítimas.