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16 de maio de 2025

Por que precisamos falar sobre racismo ambiental nas cadeias produtivas?

O racismo ambiental acontece quando comunidades como as negras, indígenas e tradicionais, que já enfrentam exclusão social e racial, sofrem mais com os danos ao meio ambiente. É o que ocorre quando grupos historicamente mais vulnerabilizados são afetados, de forma desproporcional, por impactos ambientais negativos, como poluição, desmatamento, contaminação da água e destruição de territórios.

Essas populações, com menos acesso a direitos básicos como saúde, educação e trabalho digno, são também as mais impactadas por empreendimentos de alto risco ambiental ou efeitos da crise climática.

Quando falamos sobre cadeias produtivas, é fundamental reconhecer que o racismo ambiental não é um fenômeno isolado: ele é parte de uma estrutura histórica de exploração e exclusão, ligada diretamente a formas contemporâneas de violação de direitos humanos, como o trabalho análogo à escravidão.

Em diversas regiões do Brasil e até mesmo no mundo, trabalhadores vulneráveis em cadeias produtivas pertencem a grupos de populações negras, indígenas ou ribeirinhas, comunidades que enfrentam não só a precarização das condições de trabalho, mas também a devastação dos seus territórios.

Compreender essas intersecções é essencial para promover ações eficazes de enfrentamento às desigualdades e garantir justiça ambiental e social. Falar sobre racismo ambiental nas cadeias produtivas é reconhecer que a luta por trabalho digno, inclusão e sustentabilidade é também uma luta antirracista.

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