Redução da Jornada de Trabalho: Um reflexo da evolução dos Direitos Humanos
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, destacamos a luta histórica por jornadas de trabalho justas, uma das primeiras pautas globais de direitos humanos.
Desde meados do século XIX, o movimento operário já reivindicava a redução das jornadas exaustivas que marcaram a Revolução Industrial. Em 1919, com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), essas demandas ganharam força internacional e resultaram na construção de patamares mínimos de proteção aos trabalhadores, marcando o início de uma nova era para os direitos no trabalho.
Ao longo do tempo, o debate sobre a jornada de trabalho evoluiu, refletindo uma compreensão mais ampla do que é considerado digno e humano. Este amadurecimento acompanha a valorização do trabalho como um dos pilares dos direitos humanos — e vice-versa.
Atualmente existe a compreensão de que não se trata apenas de evitar o limite da exaustão, mas de promover o equilíbrio entre vida e trabalho, garantindo mais qualidade de vida e segurança aos trabalhadores e trabalhadoras. Sabemos também que jornadas excessivas trazem consequências para além da saúde física, afetando a saúde mental e agravando o esgotamento emocional e psicológico.
No Brasil, o modelo 6×1 exemplifica como a sobrecarga ainda é uma realidade, evidenciando que a luta por condições dignas permanece urgente.
Discutir a redução da jornada hoje é reafirmar que trabalho digno é um direito humano.
Neste dia, reforçamos que a evolução da jornada de trabalho não é apenas uma pauta trabalhista, mas parte de uma construção coletiva em defesa da dignidade e dos direitos humanos. Vamos juntos avançar por condições mais humanas e justas de trabalho e de vida para todas as pessoas!