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25 de maio de 2016

Aplicativo calcula quantos escravos podem estar trabalhando para você

Você sabe se existe mão de obra escrava na produção do que você consome? Para oferecer esta estimativa, a ONG americana Made In a Free World criou um aplicativo – Slavery Footprint que calcula quantos trabalhadores são possivelmente submetidos a trabalho forçado na produção dos produtos que cada perfil de consumidor utiliza. A organização tem como objetivo ajudar na erradicação da exploração da mão de obra escrava pelo mundo. A proposta é estimular a sociedade a ajudar a pressionar as empresas para que elas se responsabilizem pelas suas cadeias produtivas.
Para traçar o perfil do consumidor, o aplicativo traz perguntas sobre os alimentos consumidos, cosméticos que estão em sua prateleira, tipos de eletrônicos mais utilizados, esportes favoritos, acessórios, além de quantidade e tipo de roupas nos seus armários. Cidade, idade e filhos também são levados em conta. Ao final do questionário, com base nesses dados, cada consumidor recebe um número que equivale a possível mão de obra escrava envolvida na produção desses produtos.
O cálculo foi baseado em informações sobre os processos utilizados para criar esses produtos (foram analisados individualmente os 400 mais populares) e em investigações dos respectivos países que usam trabalho escravo nessa produção.  Depois de investigar o uso de escravidão em componentes de cada produto, com base nos lugares onde são normalmente extraídos, cultivados ou feitos, foi atribuída uma pontuação a cada um deles. Essa pontuação determina o número mínimo de trabalhadores submetidos a condições de escravidão neste processo.
Esta probabilidade de escravidão foi desenvolvida a partir de investigações e pesquisas extraídas de fontes como o Departamento de Estado Norte-Americano (Relatório de Tráfico de Pessoas – 2011), Departamento do Trabalho dos EUA (Lista de bens produzidos por trabalho infantil ou trabalho forçado – 2010), Organização Internacional do Trabalho (Relatório Anual do Comitê de Peritos da OIT – 2003 a 2011), entre outros. Os dados coletados também passaram pela avaliação de peritos da Organização Internacional do Trabalho, da Organização Internacional para as Migrações, da Organização Mundial de Saúde, e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O aplicativo pode ser acessado em: slaveryfootprint.org. O material está em inglês, mas possui tradução automática para 80 idiomas.
*Com informações da Made In a Free World
Imagem: Reprodução/ Slavery Footprint

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