[gtranslate]
30 de setembro de 2014

Comércio de escravos ajudou a enriquecer a Suíça

Quem financiou o comércio de escravos que durante séculos movimentou os portos de Lisboa, Luanda e Salvador? Segundo estimativas de historiadores, bancos suíços investiram e enriqueceram com o tráfico de pelo menos 175 mil escravos africanos. O país que hoje é um dos mais ricos do mundo e tem as cidades com os melhores índices de qualidade de vida foi um dos grandes patrocinadores da escravidão. As informações são do Estadão (clique aqui para ler o texto completo).
Pesquisas revelam que mais de cem expedições foram financiadas pelos suíços. A maioria dos barcos saía de cidades como Nantes, no sul da França. O país, mesmo sem acesso ao mar e sem colônias fez parte da economia da escravidão durante séculos. As embarcações deixavam a Europa com produtos têxteis que eram trocados por escravos na África, os escravos eram trazidos para América e revendidos, e o dinheiro voltava para a Europa.
“Durante 300 anos, entre 9 e 14 milhões de africanos foram feitos escravos e cruzaram o Atlântico para servir a uma economia com base na exploração das Américas. Nas centenas de milhares de expedições que faziam a rota do tráfico negreiro, aqueles africanos não eram “nem livres para morrer”, como diria Castro Alves. Mas se por décadas essa atividade sustentou um sistema de produção, quem é que financiava o comércio de seres humanos? Quem é que lucrou e enriqueceu? (…)
(…) Mesmo sem acesso ao mar, sem colônias e com uma democracia exemplar, a Suíça fez parte da economia da escravidão durante séculos e, segundo especialistas, seus empresários e banqueiros acumularam fortunas com isso.
O tráfico acontecia em um sistema de comércio triangular entre Europa, África e Américas. Dos portos europeus, saíam barcos carregados com produtos têxteis que, nas costas da África, eram trocados por seres humanos. Uma vez embarcados nos navios, os escravos eram levados para as Américas e revendidos. Até que esses barcos voltassem para a Europa com o dinheiro, a expedição podia durar dois anos.
Para financiar essa viagem, e pagar pelo seguro da “mercadoria”, é que os suíços entraram como parceiros. Bancos e famílias como Burckhardt, Weiss, Favre ou Rivier financiaram dezenas de expedições, numa atividade bastante arriscada. As ameaças eram de revoltas nos navios, de tempestades que poderiam provocar a “perda total” da embarcação e mesmo surtos de doenças na travessia, matando metade dos escravos.”
Leia o texto completo no site do Estadão
Fonte: Estadão
Imagem: Patrick Nouhailler (Flickr/em Creative Commons)

Gostaria de se manter informado(a) através de notícias deste tipo? Preencha nosso formulário.

    Seu nome (obrigatório)

    Seu e-mail (obrigatório)

    Instituição/empresa que representa

    Como conheceu o InPACTO

    Qual é seu interesse