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3 de setembro de 2014

Empresas devem participar de debates sobre migração global

Um artigo intitulado “As empresas preferem fechar os olhos para o debate da migração global”, publicado no The Guardian, chama a atenção para a necessidade de as empresas, como usuárias do trabalho internacional com questões éticas e competitivas em jogo, quebrarem o silêncio sobre a migração.
De acordo com o texto, se os cerca de 232 milhões de migrantes que existem no mundo vivessem em um mesmo país, seria o quinto país mais populoso da Terra. Número que continua crescendo e torna ainda mais estranho o silêncio das empresas sobre o tema. O artigo ainda aponta os migrantes como um dos grupos de pessoas mais vulneráveis do mundo e a obrigação moral das empresas de protegê-los.
Dada a escala de migração global, o silêncio das empresas sobre essa questão é estranho. O setor privado prefere fechar os olhos, diz Nava Hinrichs, diretor-gerente do Programa de Haia sobre Refugiados e Migração, uma organização sem fins lucrativos holandesa. “O que algumas empresas nos dizem é que a migração pode ser um assunto muito arriscado para se envolver em porque eles veem isso como muito político. Além disso, há muitos estereótipos, as pessoas costumam ver os imigrantes como menos educado e incapaz de oferecer muitas habilidades”, afirma.
Um próximo relatório do Programa de Haia oferece pistas adicionais. Algumas empresas afirmam estar confusas. “Refugiados”, “expatriados”, “trabalhadores vítimas de tráfico”, “estrangeiros não residentes”, “trabalhadores migrantes” – todos são nomes para diferentes categorias de migrantes e pode criar um quadro complexo. Outros sustentam que o processo de decisão política ou é muito lento, ou muito marginal, para que as empresas tenham um impacto real.
No entanto, o caso de um maior envolvimento empresarial é necessário. Os migrantes compreendem algumas das pessoas mais vulneráveis ​​do mundo: refugiados forçados a deixar suas casas pela guerra ou fome; exilados políticos que fogem regimes despóticos; indivíduos enganados pelos traficantes ou vendidos como escravos. A obrigação moral sobre as empresas para ajudar a proteger os que estão no fundo da cadeia econômica deve ser incontestável.
O artigo completo, em inglês, pode ser lido no site do “The Guardian”.
Legenda da Foto: Jean Julien, de 42 anos, recebeu seu passaporte haitiano em dezembro de 2011 com a ajuda de uma ONG local. Sem o passaporte, ele descreveu sua vida como sendo “um gorila das montanhas.” Agora, com este documento, ele diz que se morrer na rua, pelo menos, pode ser reconhecido e identificado. Crédito: ACNUR / J.Tanner (em Creative Commons)

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