Fiscais encontram chineses em condições análogas à escravidão no Rio
O Ministério do Trabalho e Emprego encontrou dez chineses em condições precárias de trabalho e alojamento em pastelarias no Rio de Janeiro. Agentes do MTE e do Procon do Rio de Janeiro fiscalizaram mais de dez pastelarias, em vários pontos do estado, para apurar denúncias de tráfico de pessoas e trabalho escravo.
Oito estrangeiros foram conduzidos para a sede do ministério, no centro da cidade, para depoimento sobre o regime de trabalho a que estão submetidos nos estabelecimentos. Outros dois chineses fugiram. A operação faz parte de um conjunto de ações iniciadas após a identificação de estrangeiros submetidos a regimes de trabalho análogos ao da escravidão.
Em setembro do ano passado, um chinês identificado como Liu fugiu de uma pastelaria em Mangaratiba, na região da Costa Verde fluminense e andou 22km até pedir socorro para policiais militares.
De acordo com a auditora do trabalho Márcia de Miranda, a operação tem o objetivo de identificar casos similares ao do chinês Liu. Os fiscais do Procon participam da operação com o objetivo de verificar a procedência da carne servida aos consumidores nas pastelarias. O Diretor de Fiscalização do Procon-RJ, Fábio Domingos, informou que 6 pastelarias foram autuadas e uma interditada.
Desde 2013, foram identificados cinco casos de trabalho em regime análogo ao de escravidão em pastelarias no Rio de Janeiro. Em todos eles os patrões não remuneravam os empregados chineses, apenas os brasileiros. Além disso, os chineses eram submetidos a jornadas de trabalho exaustivas. A operação fiscalizou pastelarias de Belford Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Centro, Tijuca e Paracambi.
Fonte: Radioagencia Nacional / EBC
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