InPACTO homenageia atores de destaque no combate ao trabalho escravo
Empresas e organizações participaram no dia 5 de julho da conferência organizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o apoio do InPACTO, Pacto Global, Instituto Carrefour e Embaixada Britânica, para debater estratégias para o enfrentamento de trabalho forçado e infantil em cadeias de fornecimento.
O evento colocou em pauta as tendências e aprendizados de iniciativas empresariais na área de prevenção e combate do trabalho escravo e infantil, tendo como um dos destaques de sua programação o painel “Debate em plenária: desafios, lacunas e soluções dentro da empresa e em cadeias produtivas”.
Nele, a diretora executiva do InPACTO, Mércia Silva, apresentou o Monitoramento dos Compromissos do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e os dados da última edição realizada em 2017, assim como respondeu as dúvidas do público.
“Cada associado do InPACTO estabelece para si os 10 compromissos do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, promovendo ações que contribuam para a erradicação do trabalho escravo nas cadeias produtivas brasileiras, e anualmente realizamos o monitoramento para traçar um diagnóstico e identificar as dificuldades enfrentadas por cada membro e, assim, propor soluções”.
Outro momento importante foi a homenagem feita pelo InPACTO aos atores de destaque no combate ao trabalho escravo. Foram reconhecidos: Rogenir Costa (Catholic Relief Services), André Roston (Ministério do Trabalho), Rosangela Riguetto (Walmart Brasil), Rennan Pantoja (Tramontina Belém) e Giuliana Ortega (Instituto C&A).
“Seria impossível mudar um sistema de gestão de cadeias produtivas e cultura de desigualdades sem a parceria e colaboração de muitas pessoas e instituições, por isso o InPACTO tem a alegria de homenagear um grupo de pessoas, com objetivo de através delas reconhecer muitos parceiros e parceiras no trabalho inovador, corajoso e incansável na construção de um Brasil Livre do Trabalho Escravo a partir da responsabilidade compartilhada de todos os agentes”, ressaltou Mércia.
Para Giuliana Ortega, diretora executiva do Instituto C&A, receber a homenagem traz muito orgulho para ela e para a organização que representa, que tem como um dos principais pilares a erradicação do trabalho forçado na indústria da moda. “Ao longo dos últimos anos, muitas portas foram abertas para discutirmos caminhos para erradicar o trabalho forçado e o trabalho infantil das cadeias de fornecimento. Esse foi um importante primeiro passo e o mais importante é poder ver, em eventos como esse, que as instituições envolvidas nesse trabalho pretendem continuar o diálogo para descobrirmos, juntos, como chegar a novas soluções e descobrirmos agregar mais e mais empresas nessas rodas”.