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28 de agosto de 2013

Integração de resgatados do trabalho escravo é elogiada no exterior

Representante do governo dos EUA reconhece importância do Ação Integrada, programa no Mato Grosso para a inserção de ex-vítimas da escravidão no mercado formal

Por Repórter Brasil

O Programa Ação Integrada, iniciativa no Estado do Mato Grosso (MT) que busca inserir no mercado de trabalho formal as vítimas resgatadas das condições análogas às de escravo, foi elogiado, esta semana, pela diretora de relações internacionais do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos (EUA), Pilar Velasquez.
Em post no blog do órgão do governo estadunidense, publicado no último dia 26, ela destaca a importância do programa, que recebe apoio técnico dos EUA, para prevenir a reincidência do aliciamento de pessoas às formas contemporâneas de escravidão.

Francisco, que, após passar pelo programa de inserção no mercado de trabalho, abriu seu próprio negócio (Foto: Reprodução)

A representante do Departamento de Trabalho narra a história de uma ex-vítima de escravidão contemporânea, Francisco, que foi acolhido pelo Ação Integrada e, hoje, além de estar em situação regular, conseguiu empreender e abrir seu próprio negócio, uma padaria.
Segundo Pilar Velasquez, isso só aconteceu devido à assistência prestada pelo programa, que o ensinou a preparar e assar pães. Após cinco anos na área, ela reconhece a “paixão e dedicação” das pessoas que se dedicam ao combate ao trabalho escravo, com destaque especial para o auditor fiscal Valdinei Arruda, chefe da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) e um dos idealizadores do Ação Integrada.
“Depois de perceber que muitos dos resgatados do trabalho escravo reincidiam à mesma situação, Arruda e sua equipe perceberam que somente fiscalizações não eram o suficiente”, diz, sobre as inspeções do Ministério do Trabalho brasileiro que encontram e afastam as vítimas da prática. “Eles precisariam se concentrar […] em encontrar alternativas reais àqueles trabalhadores”, completa.
Para a diretora do Departamento do Trabalho dos EUA, isso significa ajudar os trabalhadores resgatados a aprender novas técnicas, a encontrar novos e bons empregos e, além disso, conseguir a confiança de que eles precisavam para construir um novo futuro.

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