Lançamento do Relatório Anual 2023
O InPACTO lançou o Relatório Anual 2023, abordando avanços e desafios no combate ao trabalho análogo à escravidão e ao trabalho infantil no Brasil. O documento aponta um momento de retomada da agenda pelas empresas, imprensa, sociedade e pelo Estado brasileiro.
Além disso, o relatório destaca a jornada de 10 anos do InPACTO, com um breve histórico e perspectivas futuras, apresenta suas frentes de atuação e fortalecimento de parcerias com empresas e órgãos públicos.
Outro grande destaque é o desenvolvimento do Índice de Vulnerabilidade InPACTO (IVI), uma ferramenta essencial para empresas identificarem riscos de violações de direitos humanos e implementarem práticas responsáveis. O IVI ajuda a mapear municípios de maior vulnerabilidade, promovendo um ambiente mais seguro para trabalhadores e tornando as operações mais transparentes e éticas.
O relatório destaca os principais resultados do último ciclo de monitoramento referente a 2022/2023 realizado junto às empresas, para avaliar como estão incorporando o compromisso com a erradicação do trabalho análogo a escravidão em sua gestão e governança. Um ponto central desse acompanhamento é o uso da “Lista Suja” como ferramenta de gestão de riscos e responsabilidade nas empresas.
Conforme o levantamento realizado por meio do monitoramento, 80% das empresas utilizam o instrumento como critério de seleção para a maioria dos seus fornecedores. Além disso, 77% estimulam seus fornecedores a adotarem a “Lista Suja” como ferramenta de mitigação de riscos.
Outros avanços são observados em práticas de monitoramento e rastreabilidade: 93% das empresas monitoram fornecedores críticos regularmente, um crescimento em relação aos 85% em 2021, enquanto 69% solicitam informações de origem dos produtos sempre, demonstrando um aumento de conscientização comparado aos 58% de dois anos atrás.
O InPACTO ainda promoveu campanhas e encontros com setores produtivos, reforçando o diálogo e engajando novos parceiros no comprometimento com o trabalho decente em cadeias produtivas.
O relatório reforça o papel fundamental de cada empresa na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, reiterando que combater o trabalho análogo à escravidão é uma responsabilidade de todos.