MPT investigará empreiteira que deu calote em haitianos
O Ministério Público do Trabalho no Mato Grosso do Sul (MPT-MS) investigará a empreiteira A.V. Motta. A empresa realizava a construção de um edifício para a Plaenge Empreendimentos, em Campo Grande (MS), mas fechou as portas em setembro do ano passado sem pagar salários e verbas rescisórias a 15 haitianos. O caso foi levado para o MPT através de denúncia feita no Fórum de Trabalho Decente e Estudos sobre Tráfico de Pessoas (FTD-ETP).
Parte do grupo teria sido contratada em abril de 2014 e os demais em agosto do mesmo ano, para exercer as funções de pedreiro, carpinteiro, armador, azulejista e servente na obra. Os haitianos ganhavam além da renda fixa, de acordo com o desempenho na produção. O valor totalizava em média R$2,5 mil, mas na carteira de trabalho e contracheques o salário era pouco mais de R$ 1 mil por mês.
O procurador do Trabalho, Cícero Rufino Pereira, que cuida da investigação, convocou a Plaenge para audiência, nesta sexta-feira (6), na tentativa de uma conciliação com a empreiteira para a realização do pagamento dos direitos trabalhistas aos estrangeiros.
Atualmente, 10 trabalhadores residem em Campo Grande, em um imóvel alugado. Eles recebem ajuda de outros haitianos que moram nas proximidades do bairro Rita Vieira e fazem ‘bico’ para sobreviver. Os outros operários partiram em busca de trabalho na cidade de Bauru (SP).
*Com informações do MPT
Imagem: Pixabay