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6 de agosto de 2015

OIT nomeia Wagner Moura Embaixador da luta contra trabalho escravo

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) nomeou Wagner Moura como Embaixador, no âmbito de uma campanha global  de mobilização contra o trabalho escravo. O ator colabora com a OIT desde 2013, quando apoiou a campanha Cartão Vermelho contra o trabalho infantil.
“Wagner Moura é reconhecido pelo seu envolvimento no combate ao trabalho forçado no Brasil, por isso estamos muito felizes em ter sua ajuda para aumentar a conscientização sobre esta questão”, disse o Diretor Regional da OIT para a América Latina e o Caribe, José Manuel Salazar-Xirinachs. “Atualmente existem 21 milhões de mulheres, crianças e homens em todo o mundo que são vítimas da escravidão moderna. Na América Latina existem 1,8 milhão de pessoas vítimas do trabalho forçado, de acordo com nossos dados. A escravidão não tem absolutamente nenhum lugar no mundo de hoje”, completa Salazar-Xirinachs.
“A escravidão moderna é o mais primitivo dos desrespeitos ao direito da pessoa “, avalia Wagner Moura. “É algo que me toca profundamente, porque eu cresci no interior do Brasil e vi por mim mesmo como a pobreza força as pessoas a trabalharem em condições de exploração, de abuso. É por isso que eu venho militando com meus companheiros do MHUD (Movimento Humanos Direitos), especialmente o Padre Ricardo Rezende, ou em parceria com lideranças políticas sensíveis ao assunto para pressionar por leis e ações concretas para combater o trabalho forçado”, completa o ator. Ele ainda acrescentou que “a OIT é a agência das Nações Unidas que tem o mandato de promover a justiça social, e eu fico particularmente honrado com o papel de Embaixador, não só por me sentir reconhecido por minha militância orgulhosa na área de direitos humanos, como também por me sentir fortalecido e poder ampliar minha contribuição, começando com a campanha 50 for Freedom, pois precisamos de um novo instrumento internacional na luta para acabar com a escravidão moderna e precisamos que os países o ratifiquem o mais rápido possível”.
“Nós estamos super contentes de trabalhar com o Wagner , porque ele tem uma grande reputação como militante pelos direitos humanos no Brasil. O seu perfil também está crescendo a nível internacional. Ele pode ser um poderoso defensor desta causa, ajudando a OIT a passar a mensagem para aqueles com o poder de mudar a situação, e também se conectar com as pessoas, especialmente os jovens. O trabalho escravo está ao nosso redor, em países ricos e pobres, e todos nós podemos e devemos fazer a nossa parte para acabar de uma vez por todas com a escravidão moderna”, disse a Diretora de Comunicação da OIT, Marcia Poole.
Em junho de 2014, a Conferência Internacional do Trabalho da OIT decidiu dar um novo impulso à luta global contra o trabalho forçado, incluindo o tráfico de pessoas e as práticas análogas à escravidão. A Conferência votou com uma enorme maioria a adoção de um novo instrumento internacional, o Protocolo à Convenção sobre o Trabalho Forçado de 1930 . Em 12 de junho de 2015, a OIT lançou a campanha 50 for Freedom. Esta campanha global tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o trabalho forçado e mobilizar o apoio do público para conseguir com que pelo menos 50 países ratifiquem o Protocolo até 2018.
A campanha foi lançada pelo Prêmio Nobel da Paz de 2014, Kailash Satyarthi, e pelo Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder, durante um evento na sala do Conselho de Direitos Humanos na sede da ONU em Genebra. Satyarthi e Ryder inauguraram um painel com milhares de assinaturas apoiando o fim da escravidão moderna, incluindo as do Presidente da França, François Hollande, do Presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, e do Ministro do Trabalho do Níger, Salissou Ada. O Níger foi o primeiro país a ratificar o Protocolo.

Fonte: OIT

Imagem: Reprodução / Rádio ONU

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