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9 de outubro de 2009

Simpósio reúne debates sobre mercado e sustentabilidade

Estudiosos e profissionais do mercado se reúnem no IV Simpósio Internacional de Administração e Marketing e no VI Congresso de Administração, de 14 a 15 de outubro na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)

Por Repórter Brasil

“As alterações climáticas abandonaram o campo da ideologia para adentrarem a realidade cotidiana de bilhões de habitantes de todo o planeta. Hoje não apenas especialistas, mas governos e empresas tomam medidas efetivas – e não efetivas – para a contenção do aquecimento global e das emissões de carbono. A discussão se expande e o conceito de sustentabilidade ultrapassa a esfera ambiental e adquire dimensões humanas. Os projetos públicos e privados agora têm que dar conta de sua sustentabilidade ecológica, econômica, social e cultural para serem aceitos”.
A apresentação inicial do tema “Internacionalização & Sustentabilidade” dá o tom do que será a pauta central do IV Simpósio Internacional de Administração e Marketing e do VI Congresso de Administração, eventos que serão realizados de 14 e 15 de outubro, em São Paulo (SP), pelo Centro de Altos Estudos (CAEPM) e pelo Núcleo de Estudos em Gestão Internacional (NEGI) da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Estudiosos e profissionais de mercado, anunciam os organizadores, abordarão temas relacionados à cadeia produtiva, concessão crédito, barreiras não-alfandegárias, certificações de produtos, e fontes de energia etc.. No dia 15 de setembro, às 14h, o painel Varejo e Sustentabilidade abordará como o setor tem trabalhado no sentido de criar ferramentas que gerem a percepção e reputação de sustentabilidade vinculada a produtos e empresas.
Em artigo recente, Alexandre Horta, sócio e diretor da empresa de consultoria GS&MD, traça um breve histórico e mostra como o varejo vem assumindo “a responsabilidade de ser o avalista da qualidade dos produtos”.
“Por sua proximidade maior com os receios e preocupações dos consumidores, identifica mais rapidamente a necessidade de certificar a qualidade dos itens vendidos, especialmente em mercados que tiveram surtos de doenças como a gripe aviária e o mal da vaca louca”, assinala o consultor. “O fato é que, nos mais diversos segmentos e nos mercados mais concentrados e desenvolvidos do mundo, o varejo sentiu a necessidade de desenvolver e incorporar competências até então nas mãos da indústria, ampliando seu arsenal de opções para atuar no mercado de forma mais ousada”.
Histórico
Alexandre lembra que, logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o FDA – órgão que monitora a qualidade dos alimentos e dos remédios produzidos nos EUA – publicou a Lei de Segurança Pública e de Preparação e Reação ao Bioterrorismo (2002), um marco legal que determinava que a entidade deveria receber antecipadamente informações sobre a origem dos alimentos para consumo nacional.
Esse cenário, completa o autor do artigo, ganhou força em janeiro de 2005, quando a União Européia tornou obrigatória a rastreabilidade de todos os produtos agroalimentares. “O Regulamento CE 178/2002 é um conjunto de ações e procedimentos técnicos que permitem identificar e rastrear todos os alimentos desde o seu nascedouro, passando pelos processos de transformação, produção e armazenamento, até a distribuição, fornecendo informações preciosas para o consumidor”, explica.
“A partir desse momento, a rastreabilidade dos alimentos se consolida como um novo modelo de avaliação, qualidade e segurança para os alimentos, uma vez que transmite confiança aos consumidores, ao permitir que eles tomem conhecimento dos insumos e dos materiais utilizados na elaboração dos produtos que estão adquirindo”, conclui o consultor.

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