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12 de julho de 2016

Um dos piores trabalhos do país é realizado para abastecer frigoríficos

Colocar frango na caixa é um dos piores empregos do país. É o que mostra a reportagem publicada na última sexta-feira pela ONG Repórter Brasil. Falta de carteira assinada, jornadas excessivas e condições insalubres são alguns dos problemas enfrentados pelos apanhadores de frango: trabalhadores responsáveis por apanhar aproximadamente 15 milhões de frango que são transportados diariamente das fazendas para o abate nos frigoríficos.
Para fazer este trabalho, equipes com cerca de dez pessoas percorrem rodovias e estradas de terras e apanham 50 mil aves por dia. Situações de escravidão contemporânea também já foram flagradas nesta atividade realizada por empresas terceirizadas dos frigoríficos, e que segundo Siderlei Oliveira, presidente da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (Contac/CUT), tem o pessoal mais explorado da categoria.
A precariedade laboral dos apanhadores de frango foi divulgada no segundo número do Monitor, boletim que divulga periodicamente estudos setoriais e de cadeia realizados pela Repórter Brasil. A edição, intitulada “A indústria do frango no Brasil” também revela as doenças ocupacionais que atingem trabalhadores do setor. Além do boletim, a Repórter Brasil lançou uma reportagem multimídia sobre a realidade dos apanhadores de frango no país. O material traz o perfil deste trabalhador e aborda casos de trabalho escravo nas cadeias produtivas da JBS e da BRF.
Leia a reportagem completa em “A árdua tarefa de pôr o frango na caixa” e acesse ao boletim Monitor – 2ª edição – “A indústria do frango no Brasil“.
Imagem: André Campos/Repórter Brasil
 

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