'O Globo': Fiscalização contra trabalho escravo está parada, diz chefe do setor
O jornal O Globo publicou, na última segunda-feira (23), uma declaração do chefe de Divisão para Erradicação do Trabalho Escravo no Ministério do Trabalho, André Roston, que afirmou que por falta de recurso, as ações do grupo móvel de fiscalização do trabalho escravo estão paradas. Segundo ele, no cenário atual, não há mais condições de realizar nenhuma operação.
“Roston explicou que, sem a recomposição do orçamento, a divisão de combate ao trabalho escravo já usou praticamente toda a verba de R$ 1,7 milhão disponível para este ano, restando apenas R$ 6.630. O valor médio de uma única ação do grupo móvel gira entre R$ 60 e R$ 70 mil (…) Ele explicou que, segundo memorando de 9 de agosto do gabinete do ministro, haveria um repasse de R$ 10 milhões para a Secretaria de Inspeção do Trabalho, o que viabilizaria as atividades até o fim do ano. Mas, segundo informações repassadas pela área financeira da pasta do Trabalho, o Ministério do Planejamento determinou que o valor fosse destinado a outro órgão: a Dataprev”. (O Globo, 21 de Agosto de 2017)
Ainda de acordo com o jornal, “a declaração foi dada durante audiência pública nesta segunda-feira na Comissão de Direitos Humanos do Senado e contrasta com a informação recente do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, de que não faltaria dinheiro para a área, após ser cobrado pelo Ministério Público do Trabalho”.
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