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2 de abril de 2015

Polícia Rodoviária Federal registra trabalho excessivo de vigilantes

Na última terça-feira (31), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) parou um caminhão que transportava 37 mil quilos de estanho. A documentação para o transporte da carga apresentava pequenas irregularidades, mas o que chamou a atenção dos policiais foi a jornada exaustiva dos vigilantes que faziam a escolta armada da carga, avaliada em dois milhões de reais. A ocorrência foi registrada no km 390 da BR-060 a 241 quilômetros de Goiânia (GO) e o Ministério do Trabalho foi acionado para investigar suspeita de trabalho análogo ao escravo
Segundo a PRF, em entrevista ao Diário da Manhã, eram três trabalhadores, um tinha 31 anos e dois 34. Trabalhavam sete dias seguidos sem pausa para o descanso e cumpriam jornada exaustiva na vigilância e direção do veículo. A carga estava em Ariquemes (RO) e seria levada para o Porto de Santos, em São Paulo, onde seguiria para a Holanda
Os vigilantes realizavam a escolta do veículo de carga em um carro de passeio que pertence à empresa de segurança. De acordo com nota da PRF os trabalhadores “dirigiam o dia todo e à noite, e ainda precisavam se revezar na vigilância da carga. Todos eram obrigados a dormir dentro do veículo Gol e, segundo informaram, não recebem adicional noturno, a não ser um pequeno auxílio alimentação”.  O texto diz ainda que dois dos vigilantes trabalhavam há 15 dias sem parar, porque vinham de uma outra viagem.
O policial Lacerda Santos, que realizou a ocorrência, explicou em depoimento ao Diário da Manhã, que como a lei estabelece a parada noturna para descanso do caminhoneiro, os vigilantes realizavam a segurança da carga durante a noite, com um revezamento por descanso dentro do carro. Disse também que os trabalhadores recebiam uma diária de R$ 45 para as três alimentações e, por mês, R$ 1.700 bruto. A nota da PRF classificou o trabalho como “jornada degradante, sem período de descanso e convívio social”.

 *Com informações do Diário da Manhã

Imagem: Reprodução/PRF

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