Dia Nacional da Consciência Negra: O combate ao racismo deve ser uma pauta corporativa.
Dia Nacional da Consciência Negra: O combate ao racismo deve ser uma pauta corporativa.
Menos de 5% dos trabalhadores negros têm cargos de gerência ou diretoria, enquanto a maioria exerce posições operacionais (47,6%) e técnicas (11,4%), segundo um levantamento feito pelo site Vagas.com, em 2020.
“São dados extremamente alarmantes e que comprovam a clara presença do racismo no mercado de trabalho. Os números mostram que esse público é totalmente discriminado, tendo mais espaço em cargos operacionais“, aponta Renan Batistela, integrante do comitê de Diversidade & Inclusão da Vagas.com.
Neste mês que data o Dia Nacional da Consciência Negra, reforçamos a importância das empresas no combate ao racismo institucional. Um problema histórico e estrutural no Brasil, que ainda hoje se reflete nos processos seletivos e na convivência corporativa.
Além da importância das empresas em firmar seu compromisso com a cultura de inclusão, com a conscientização sobre o tema do racismo e com recrutamentos que prezem pela diversidade racial, é preciso qualificar.
“Não adianta contratar mulheres negras sem ter um plano de carreira”, em entrevista ao Meio e Mensagem, publicada no dia 09 de Novembro, a publicitária e jornalista Gislene Ramos diz: “Não adianta uma empresa apenas abrir um processo seletivo para contratar mulheres negras, PCDs e outros grupos minoritários. Como essas pessoas vão ficar lá dentro? (…) Precisamos não esquecer disso e saber exigir, porque as mulheres negras estão sempre lá no final e, quando vemos, não há lideranças negras. Por quê? Porque não foi pensado um plano de desenvolvimento para elas.” Comunicóloga e especialista em questões raciais, Gislene Ramos é redatora na agência África.
Programas de aceleração de carreira e impulsionamento devem estar atreladas a uma gestão comprometida com a construção da justiça racial no Brasil.
Recomendamos a reflexão feita por Scarlett Rodrigues, coordenadora em projetos de direitos humanos do Instituto Ethos, sobre a importância da representação e das narrativas históricas para empedrar lideranças negras:
Confira: https://bityli.com/OwcZQjGFA
O InPACTO reitera a luta por uma cadeia produtiva ética, responsável e plural, com a cara do Brasil, em que 54% da população é negra; e que ela esteja presente, sobretudo, nos cargos de liderança e de tomada de decisões.
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