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23 de novembro de 2015

InPACTO homenageia parceiros de combate ao trabalho escravo em comemoração aos 10 anos do PACTO

O InPACTO comemorou 10 anos do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, na última quinta-feira (19), na presença de convidados que participaram da sua criação e contribuíram com o combate à escravidão contemporânea no Brasil na última década. Vários personagens que fizeram parte desta história foram homenageados durante o evento, como forma de agradecimento e reconhecimento dos seus esforços na luta contra o trabalho escravo no país.
Conheça alguns dos homenageados (em ordem alfabética):
Ana Yara Lopes (na foto) – DIEESE – Fez o primeiro trabalho de monitoramento, analisando de forma contundente todo o material e criando parte das categorias que foram utilizadas para a construção da primeira plataforma de monitoramento do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo.
Armand Pereira – Ex-Diretor da OIT Brasil que corajosamente colocou o tema como prioridade no período em que estava na direção da organização;
Dudu Bolito – Supervisor Institucional do Instituto Observatório Social e hoje Prefeito de Rincão – Atuou diretamente em diversas negociações regionais e setoriais. Foi, e continua sendo, um entusiasta de processos para geração de dados que subsidiem um diálogo social entre os diversos atores diretamente ligados à luta contra o trabalho escravo.
Esposas/famílias das vítimas de Unaí – Homenageamos à resiliência e luta das esposas, companheiras e familiares das vítimas da Chacina da UNAI: Marinês Lina de Laia, Genir Geralda e Elba Soares da Silva. Estas mulheres e Esposas dos três fiscais três Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho: Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares, Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, todo assassinados em uma estrada rural do município de Unaí em Minas Gerais em 2004. No início de novembro, depois de uma década de espera e luta por justiça, finalmente o julgamento deste caso foi encerrado com a condenação dos mandantes e responsáveis pelo crime. Entregamos os troféus para o representante do Sinait- Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, em nome das esposas homenageadas e o motorista assassinado.
Janice Dias – Responsabilidade Social – OPRS – Petrobrás – A empresa Petrobrás corajosamente fez o enfrentamento de um congressista e se recusou a negociar com o mesmo, pois ele tinha sido denunciado por usar o trabalho escravo. Trata-se do caso de Severino Cavalcante.
Juliana Lavor Lopes – Diretora de Sustentabilidade da AMAGGI, responsável pela implementação de programas específicos de combate ao trabalho escravo pelo Grupo André Maggi, um dos principais na produção e comercialização de soja do estado, empresa signatária do Pacto Nacional e apoiadora institucional do InPACTO.
Paulo Pianez – Que desde que assumiu a área de sustentabilidade do Carrefour tem demonstrado a consistência pessoal e institucional para fazer as escolhas internas e externas que condizem com os valores e compromissos assumidos. Um paciente parceiro, que sempre se apresenta para ajudar e fortalecer as ações desenvolvidas, não poupando esforços em trazer outras empresas e lideranças com ele.
Leonardo Sakamoto. Jornalista e diretor fundador da organização Repórter Brasil sempre atuou na denúncia de violação de direitos humanos. Sendo internacionalmente conhecida pelo seu engajamento no combate ao trabalho escravo. Com respostas e ideias inovadoras, criativas e contundentes, conseguiu criar e difundir saberes sobre esta forma de violação, apontando as responsabilidades solidárias de empresas de ponta em vários setores. Convidado em 2003 para fazer o primeiro estudo de cadeia produtiva baseado nas informações da lista suja, o que foi um mote para a criação do Pacto.
Luiz Camargo– Procurador da República, ocupou por vários anos o posto de Procurador Geral. No âmbito de sua instituição protagonizou campanhas e processos que pudessem agilizar as ações criminais em torno do combate ao trabalho escravo. Criou sistemas de denúncia capazes de ampliar os canais de informação e acolhimento, chamado Pardal.
Luiz Machado – OIT 0- Atual coordenador do programa da OIT de Combate ao Trabalho Escravo – Atua com o tema desde do início do Pacto. Atualmente pode apresentar como o Combate ao Trabalho Escravo se encontra no mundo, dando informações sobre os desafios em outras regiões e como o Brasil se coloca como uma das referências internacionais por ter coragem de enfrentar e dar visibilidade ao tema.
Marques Casara – Pela publicação de matéria de jornalismo investigativo, que em 2003, mostrou a conexão direta entre as carvoarias que faziam uso de trabalho escravo e as diversas empresas e setores que se beneficiavam e lucravam com esta prática, como a indústria automobilística, de linha branca.
Oded Grajew – Homenageamos um grande empresário social, pioneiro no movimento em prol da responsabilidade social no Brasil e fundador do Instituto de Responsabilidade Social, instituição responsável pelas discussões em torno do tema no Brasil e que conta atualmente com mais de 600 empresas cadastradas, algo em torno de 30% do PIB nacional.
Padre Ricardo Resende – Dr. Professor Adjunto da UFRJ e Coordenador de Pesquisa do GPTEC – Grupo de pesquisa trabalho escravo contemporâneo e uns dos articuladores para a criação do Movimento Humanos Direitos. E orientador da Maíra.
Responsável pela luta para o combate a toda forma de trabalho degradante e a defesa pelos direitos humanos.  O padre que se tornou conhecido ao denunciar os assassinatos de trabalhadores do sul do Pará nos anos de 1980.  Integrante da Comissão Pastoral da Terra nos anos de 1980, o padre assumiu a postura de denunciar as injustiças que os trabalhadores sem-terra sofrem todos os dias e tornar esta realidade fonte de pesquisas científicas.
Patrícia Audi – Coordenava o programa de Combate ao trabalho Forçado na OIT, sob direção de Armand Pereira e, criativamente liderou as negociações e conversas para a criação do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo.
Ricardo Berzoini – Na época o Sr. Ministro do Trabalho e Emprego (MTE), criou a Portaria 540. Ficou conhecida como a “lista suja do trabalho escravo” no Brasil.
Ruth Vilela – Chefe da Fiscalização do MTE à época da criação do Grupo Móvel e do lançamento do PACTO.
Xavier Plazant –  CPT –– A Comissão Pastoral da Terra foi a percussora das denúncias de trabalho escravo. Foi e continua sendo a porta de entrada de denúncias. Seus padres, freiras, freis e etc.. Muitas vezes correm risco de vida por estar no front de batalha deste tema tão relevante e sensível.
Yuri Feres – Coordenador de Sustentabilidade da Cargill. Que por onde quer que passe, deixa sua marca nas instituições em busca de maior engajamento e compromisso das mesmas contra o trabalho escravo. Dá gosto observar o Yuri falando sobre o InPACTO e a importância de uma vigilância contínua e qualificada das cadeias produtivas. A tarefa de erradicar o trabalho escravo está no fazer cotidiano de Yuri, mesmo que fora do mundo do trabalho, sabemos que ele está na batalha.
Oredson Carneiron e Sandra Lia Simón –  respectivamente presidente e coordenadora do Instituto Carvão Cidadão pela contribuição no combate ao trabalho escravo.
Foto: Clovis Fabiano

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